Roger Babanerale Não tinha nada
pra fazer e não queria ter nada pra fazer. Sim ele admitia que fosse um vadio e
não sofria nenhuma crise por causa desta sua peculiride. O Estranho é que
durante o tempo em que permaneceu ativo coordenando uma equipe de operário
ninguém queria outro assumindo a função que Roger executava com uma competência
extrema. Ninguém mesmo, nem operários nem chefes de produção. Sua equipe era
ótima, selecionava os mais comprometidos na linha de produção que comandava.
Dizia: “Aqui ninguém pode ser mais vadio do que eu!” Todos riam Os
administradores achavam que seu discurso era uma forma de manter o bom humor
entre os trabalhadores. Ninguém percebeu que as coisas que dizia correspondiam
a suas crenças. Foi ele quem redigiu o manifesto. Não tendo mais nada a provar
para ninguém e sabendo que ninguém duvidava de suas capacidades aceitou de bom
grado se voluntariar nos cortes de pessoal para controle de gastos e produção. Todos passaram a considerar mais ainda Babanerale pelo "sacrifício". A renda indenizatória seria boa
poderia viver bem até sentir vontade de fazer algo de novo e se candidatar em uma vaga numa cooperativa ou empresa. O problema é que muitos não acreditavam
no mesmo que Roger Babanerale acreditava e passaram a pressionar que Senadores
e representantes legislativos de todas as repúblicas e estados para que se
fizessem cortes e impusessem limitações nos tipos de benefícios de que Roger e
outros eram beneficiários. Revolta total. Nosso novo revolucionário reuniu os
amigos mais próximos expôs sua indignação e numa mistura composta de chegados, álcool, decidiu-se por unanimidade que o mundo
seria mudado. Mas depois que a ressaca passou apenas Roger seguiu acreditando
que os paços para a mudança definitiva tinham começado e levou uma semana para
escrever aquilo tudo. Antes disso o Sindicato dos vadios, (nome sugerido por Roger) era apenas um grupo
de boêmios, poetas, Autores, Artistas, Operários mais descolados, Loucos, Lunáticos e outros desajustados
que aceitaram a presença de Roger. Eles se reuniam para debater temas altemente
intelectualóides ou simplesmente se divertir e flertar. Eram uma companhia agradável, quando a maior parte do grupo estava de bom humor.
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